quinta-feira

SAL














Muitas vezes, não sinto o veio
que alimenta a coragem.
Sou feita de esperas
e de impaciências.
Sinto a ácida insegurança
de quem desbrava
o desconhecido
e não acredita na massa de que é feito.
Amiúde sinto-me perdida
e chamo-me apressadamente
em modo vagaroso,
acordando a horas impróprias
em trajectos curtos e poeirentos.
Para minha surpresa,
acabo sempre por vencer a subida,
por ver as nuvens de fumo branco
subirem no céu.
Acabo sempre por juntar os fragmentos dispersos
e encontro o meu sal.

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