terça-feira

O meu eu















Entorpeci,
e num momento desmedido,
revelou-se o que sempre esqueço existir
o genuíno eu,
que vive escondido,
bem dentro de mim.
Revelou-se imenso, poderoso e sem controle.
Rebelde,  pelos  muros perpétuos,
destemido e sedento de trilhos desprovidos de correntes.
Sei, que sou frequentemente,
um invólucro destituído de mim.
O meu eu desprende-se, sem prometer regresso.
Sei que o descobrirei vezes sem fim.
Sempre que os momentos o ditem.
E sei que viverei perdendo-me,
em contínuo,
de mim.

Sem comentários:

Enviar um comentário